A prefeitura de Florianópolis, que assumiu 100% a gestão da Ilha do Campeche, prepara ajustes nas regras que vão valer para a temporada 2025/2026.
De imediato, o município vai intensificar a fiscalização, com a presença permanente da Floram e apoio da Guarda Municipal, que vai instalar câmeras de vigilância alimentadas por energia solar. “A pessoa que fizer algo errado, já recebe autuação do ponto de vista ambiental”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Alexandre Waltrick Rates.
Além disso, os barcos não poderão mais encostar na ilha. Eles deverão ficar entre 100m e 200mda praia, o que vai exigir a disponibilização de um deck flutuante para desembarque das pessoas com mais conforto.
A secretaria também está acertando os detalhes sobre como vai ser a exploração dos ambulantes na praia durante o verão. “O restaurante da ilha, por exemplo, deverá manter o prato manezinho no cardápio”, disse.
“Ninguém vai fazer uma reviravolta, vamos aproveitar o modelo do ano passado”, afirma o secretário. Não haverá mudança, por exemplo, no limite máximo de visitantes diários – que é de 800 pessoas – nem nova regulamentação sobre quem pode fazer a travessia e sobre os parâmetros para definição dos valores praticados.
A meta é fazer uma reavaliação dessas regras, “com base em estudos técnicos”, só para a temporada seguinte. Waltrick admite, inclusive, a possibilidade de aumento da lotação da unidade de conservação no verão 2026/2027.
As normas vão estar no planejo de manejo da Ilha de Campeche, que deve ficar pronto até junho do ano que vem. “Não é justo que as pessoas não possam ir até lá porque os valores são exorbitantes. Então a gente vai fazer um controle um pouco mais concreto disso”, fala Waltrick.
O documento, segundo o secretário, será a “lei orgânica, a convenção do condominio” do local, estabelecendo o que pode e o que não pode ser feito no local. “É isso que vai garantir a preservação e permitir a captação de recursos externos”, explica.
