A Associação Empresarial de Florianópolis manifestou preocupação, em nota oficial, pelo apoio formal anunciado pelo governo federal ao projeto de lei que altera a jornada de trabalho, substituindo a escala 6×1 pela 5×2 e limitando a carga semanal a 40 horas.
A entidade acompanha ainda a tramitação da PEC 148/2025, que propõe reduzir a jornada para 36 horas. De acordo com a entidade, ambas as iniciativas criam “um ambiente de incerteza para atividades que dependem de operação contínua e escalas flexíveis”.
Segundo a Acif, “a adoção de novos modelos de jornada exigirá reorganização de turnos e possível ampliação de quadros, com aumento de custos trabalhistas que tende a pressionar a sustentabilidade financeira de micro, pequenas e médias empresas”.
O documento registra que “em setores como comércio, serviços, alimentação, hotelaria, logística e parte da indústria, a redução da flexibilidade operacional pode resultar em diminuição de horários de funcionamento, perda de competitividade e limitações na capacidade de resposta em períodos de maior demanda”.
Sob a presidência de Célio Bernardi, a Acif “considera legítimo o debate sobre a modernização das relações de trabalho, porém ressalta que alterações estruturais dessa natureza devem ser acompanhadas de estudos amplos que avaliem impactos econômicos e potenciais efeitos sobre empregos e investimentos”.
Segundo a entidade, as propostas em discussão no Contresso não apresentam, até o momento, mecanismos que mitiguem riscos de retração nas atividades e encerramento de operações.
