A construção das frentes de esquerda nas disputas pelas prefeituras de Florianópolis e Joinville tem um mesmo princípio: o apoio recíproco do PSOL e do PSB às pré-candidaturas do deputado estadual Marquito (PSOL) na Capital e do ex-vice-prefeito Rodrigo Bornholdt (PSB) na mais populosa cidade do Estado.

A troca de apoios já estava dada, mas foi ratificada em encontro dos dois pré-candidatos e dos dirigentes Mário Dutra (PSOL de Joinville) e Homero Gomes (PSB de Florianópolis) no último sábado.

A avaliação dos dois partidos é de que há necessidade de manter a unidade dos partidos à esquerda que foi construída em Santa Catarina nas eleições de 2022, quando conseguiram chegar ao segundo turno com o ex-deputado federal e atual presidente nacional do Sebrae, Décio Lima (PT).

Na época, o PSOL ficou fora da coligação por causa do lançamento da candidatura do vereador florianopolitano Afrânio Boppré ao Senado, em detrimento do então senador Dário Berger, que disputou a reeleição pelo PSB e ficou em terceiro lugar. Mesmo fora da chapa, o PSOL não lançou candidatura ao governo e pediu votos para Décio ao governo.

Com PSOL e PSB acertados, o PT é o ponto fundamental dessa construção. Em Joinville, os indicativos são que apoio a Rodrigo Bornholdt – no que seria a primeira vez, desde a fundação em 1981, que os petistas não apresentariam candidatura própria na disputa pela prefeitura joinvilense.

Em Florianópolis, por sua vez, o PT aprovou a pré-candidatura do ex-vereador Vanderlei Farias, o Lela – que voltou a botar o bloco na rua, perdoe o trocadilho, nos eventos de rua do carnaval. Diferentemente dos petistas joinvilenses, o partido não tem candidatura própria na Capital desde a eleição de 2008 e argumenta que a postura fragilizou partido na cidade.

Foto – À esquerda Marquito e Mário Dutra, à direta Rodrigo Bornholdt e Homero Gomes. Crédito: Divulgação.