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8 de setembro de 2024

Salário mínimo em Santa Catarina é 30% maior do que a média nacional

Sim. O trabalhador catarinense ganha, em média, R$ 3.300,00. O valor corresponde a aproximadamente dois salários mínimos regionais – pouco menos ou pouco mais – dependendo de qual faixa de salário mínimo se considerar para o cálculo. (No Estado há quatro faixas, que variam entre R$ 1.612,26 e R$ 1.844,40, dependendo do tipo de atividade profissional).

Significa dizer que o mínimo , aqui, é 30% superior ao definido pelo governo federal, que soma R$ 1.412,00.

Estamos melhor que outros Estados? Certamente. E é suficiente ou adequado como remuneração por 44 horas de trabalho semanal?

Evidentemente que a resposta é não. Deriva disso algumas reflexões: o salário não é maior porque a produtividade é baixa. O salário não é maior porque as empresas cuidam de seu lucro e evitam inflar a folha. Um comportamento natural dos empregadores – principalmente no chamado chão de fábrica – passa pela lógica de ir trocando, ano a ano, parcela pequena de seus funcionários, `a razão de aproximadamente oito a 10% ao ano. Essa prática, bem mais comum em períodos de excesso de trabalhadores para o número de empregos, tem uma explicação simples: permite a contratação de gente por valor menor do que o pago até então para aqueles que estão saindo, de modo a, progressivamente, o total dos gastos com a folha venha a cair proporcionalmente. Do lado empres…

Evidentemente, este modelo de gerir o recurso humano não se aplica, tão facilmente, quando se está num período de escassez de profissionais- quando se está naquilo que se convencionou chamar de “pleno emprego”.

Aí, reter talentos exige uma atitude mais firme por parte do empregador, com ofertas melhores, concessao de benefícios sociais diferenciados.

Estamos vivendo um momento desses, agora, em Santa Catarina, e, em particular, em Joinville. Semanalmente, há anúncios de centenas de vagas de trabalho.

Claro que grande parte desse contingente é para repor postos de trabalho, mas uma parte revela, sim, uma economia em crescimento. Isso tudo implica num desdobramento peculiar: é em Santa Catarina onde 60% das demissões acontecem a pedido dos próprios empregados. E aí retornamos a um ponto já abordado neste texto: a procura por um ganho um pouco maior. Outra razão para mudança de emprego decorre do aumento do nível de escolaridade e conhecimento técnico adquirido pelo trabalhador. Com isto em mãos, pode almejar troca de função ou de local de trabalho.

Com o menor índice de desemprego do Brasil – apenas 3,2%- como atesta o IBGE, Santa Catarina se converteu num dos locais mais procurados por aqueles que não tem chance em Estados pobres e carentes de empregos. Especialmente os do Nordeste e Nordeste do país.

Outros dados muito positivos, e que atraem forasteiros para cá são o elevado grau de formalidade do emprego. Mais de 70% dos que trabalham tem carteira assinada.

Essa realidade só fará crescer a migração para o nosso Estado. Mas esse é tema para uma outra análise.

Os colunistas são responsáveis pelo conteúdo de suas publicações e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Upiara.

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