A Federação das Indústrias (Fiesc) fez um dura manifestação sobre a possibilidade de que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja candidato a senador por Santa Catarina. Vereador na cidade do Rio de Janeiro há 24 anos, Carlos Bolsonaro praticamente não tem laços com o Estado.
No texto, que não traz o nome do filho 02 do ex-presidente, a entidade aponta que “SC não precisa importar candidatos para representá-la no Congresso” e que “a voz do estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses — e não por imposições externas”.
A possível candidatura de Carlos Bolsonaro em Santa Catarina teria sido apresentada por Jair Bolsonaro ao governador Jorginho Mello (PL) e outras lideranças do PL catarinense. A família já tem Flávio Bolsonaro (PL) no Senado pelo Rio de Janeiro e poderia ter como candidatos Eduardo Bolsonaro (PL) em São Paulo e Michelle Bolsonaro no Distrito Federal, além de Carlos em Santa Catarina.
Em postagem nas redes sociais, o filho do ex-presidente admitiu a possibilidade de concorrer fora do Rio de Janeiro.
Leia a íntegra do posicionamento da Fiesc.
SC não precisa importar candidatos para representá-la no Congresso
Santa Catarina tem lideranças políticas preparadas e legítimas para representá-la no Congresso Nacional. A indústria catarinense defende que a voz do estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses — e não por imposições externas.
Temos um dos maiores parques industriais do Brasil, somos protagonistas nas exportações, na inovação e na geração de empregos e, graças a isso, referência nacional em qualidade de vida e segurança. Para seguir avançando e enfrentar uma série de desafios, entre os quais os de infraestrutura, precisamos de representantes com raízes no Estado.
Nossos congressistas devem estar ligados ao setor produtivo e à população catarinense, para defender com legitimidade e conhecimento de causa os nossos interesses. A FIESC valoriza a autonomia política do estado, as lideranças locais e o respeito à trajetória de um estado que nunca se curvou a projetos alheios à sua realidade.