Setembro Amarelo: seis hábitos para cuidar da mente e enfrentar desafios emocionais

O Setembro Amarelo é o mês dedicado à prevenção do suicídio, por isto, aqui na coluna Quero mais Saúde, falaremos sobre esse assunto durante os próximos dias. A Dra. Jhenevieve Cruvinel, mentora em saúde integral e terapeuta integrativa, será a primeira profissional a aparecer em nosso debate. Jhenevieve destaca a importância do cuidado diário com a mente e indica seis práticas que podem contribuir para a saúde emocional.

Saúde emocional: o que fazer para cultivar a mente, segundo especialista. Foto: Unsplash/Divulgação

Segundo a especialista, a forma como crescemos, as experiências de vida e as crenças que construímos impactam diretamente nossa capacidade de lidar com os desafios. Quando essa habilidade é prejudicada por traumas ou estresse, torna-se difícil encontrar saídas saudáveis para situações que ativam gatilhos emocionais. “A mente reage a informações já armazenadas, lendo o mundo através desse viés e nem sempre de maneira assertiva. É importante a busca por apoio terapêutico e por práticas de autoconhecimento como a meditação e a reprogramação neural”, explica.

A terapeuta ressalta que a psique, assim como o corpo físico, necessita de atenção constante. Ela alerta para os perigos do consumo de conteúdos nocivos, especialmente por jovens e crianças, que ainda não desenvolveram o discernimento necessário e sofrem com o aumento de distúrbios emocionais e tentativas de suicídio.

Cruvinel defende o resgate de hábitos simples, como o contato com a natureza e o tempo de qualidade com pessoas queridas. “É importante a inserção ou o retorno a hábitos que nossos pais e avós tinham, como o contato com a natureza, mais tempo de conexão com pessoas que amamos, pausa das telas para uma conversa, estar presente e sentir novamente a vida por intermédio das coisas simples.”

A especialista sugere seis práticas que utiliza com seus pacientes:

  1. Caderno das Emoções: ajuda a reconhecer padrões e gatilhos emocionais. A ideia é entender que a pessoa não é o que sente, mas quem aprende com os sentimentos.
  2. Meditação: indica qualquer técnica, como reprogramações neurais baseadas em Yoga, PNL (Programação Neurolinguística) e Mindfulness.
  3. Hobbies: buscar atividades simples que tragam alegria e bem-estar, como cantar, desenhar ou cozinhar.
  4. Ambientes de cura: procurar estar com pessoas e em locais que promovam o bem-estar e a espiritualidade.
  5. Mentalidade: trabalhar para ressignificar o passado e vencer crenças limitantes. “A doença não te define, seja onde estiver, sempre é possível recomeçar”, afirma.
  6. Rede de apoio: ter uma pessoa de confiança para recorrer em momentos difíceis, como um amigo, familiar ou terapeuta. A conexão com outras pessoas é um dos maiores fatores de proteção emocional.

A Dra. Jhenevieve Cruvinel conclui com um apelo por ajuda profissional: “Para quem vivencia problemas emocionais, o importante é ter o cuidado multidisciplinar e o acompanhamento de bons profissionais. A saúde emocional é cultivada no cotidiano, comece por estas pequenas práticas diárias. Não há manual para a viver, mas há sim bases sólidas que podem alicerçar a vida para que tenhamos os recursos necessários para vivê-la, sempre há saída, procure ajuda!”.

Os colunistas são responsáveis pelo conteúdo de suas publicações e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Upiara.