Setor de supermercados de SC fatura mais de R$ 50 bilhões, mas perdas preocupam

O setor de supermercados ganha mais importância no contexto da economia catarinense. Em 2023 faturamento das 16 mil empresas estabelecidas e em operação no Estado. Juntas empregam 210 mil trabalhadores. Os supermercados respondem por aproximadamente dez por cento da arrecadação de ICMS, num valor de R$ 3,4 bilhões. Já é o segundo setor econômico que mais contribui para a receita estadual. As informações são da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), que lançou podcast nesta quarta-feira, 21 de fevereiro.

Na apresentação, o atual presidente, Alexandre Simioni, repete preocupação antiga dos executivos da área: perdas com itens perecíveis e gestão dos negócios.

  • A área de produtos perecíveis é o grande gargalo – reconhece.

Os números apurados pela pesquisa Nielsen IQ, em levantamento nacional, publicado em 2023, mostra exatamente isso: as perdas com itens perecíveis aumentou de 28 por cento para 32 por cento um um ano.

Ainda no podcast, Simioni fala da outra preocupação da Acats, a gestão dos supermercados.

  • Precisamos capacitar nossas lideranças. Aí será mais fácil superar dificuldades, como a rotatividade da mão de obra. Os supermercadistas fazem um ótimo trabalho e por isso, as multinacionais, aqui, tem poucas lojas.

E alerta: num setor tão competitivo como esse, as margens de lucro ou se estabilizam ou estão menores. E adverte: “o nosso setor não é um setor para amadores”.

E como o supermercado é o primeiro emprego de muitos jovens, a Acats também quer investir na formação dos trabalhadores, com cursos, workshops.

O presidente vai além: “abrir uma loja é fácil; ter padrão de rede e constância na operação é essencial”.

O líder ainda relaciona fatores decisivos para quem está ingressando no ramo como empresário. Ensina que é necessário: 1. ter transparência e idoneidade; 2. conquistar a confiança e atender bem o cliente; 3. como o nível de competitividade aumentou, um recado para os pequenos varejistas: se você não consegue entregar preço, fundamental ter proximidade com a clientela.

Ele explica: “necessário ter uma cultura organizacional bem estabelecida, acompanhar as tendências, entender a velocidade das mudanças de comportamento do consumidor e reduzir custos com a utilização de tecnologias.

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