O pior momento da inflação global já passou. Há claros sinais de queda na taxa de juros futuros nos Estados Unidos – e, no Brasil, o setor externo é a grande proteção diante de riscos globais eventuais. A análise é do economista chefe do Bradesco, Fernando Honorato, em palestra feita na Associação Empresarial de Jaraguá do Sul, na segunda-feira.
Em sua fala, apontou para a continuidade de demanda doméstica resiliente no Brasil, por conta de queda de taxa de juros em queda, criação formal de empregos em alta. O rendimento médio do trabalhador é de R$ 3.078,00.
No entanto, Honorato assinala: “a taxa de investimentos em relação ao PIB, de 16,1%, ainda está aquém do necessário”.
Um outro olhar indica positivamente. A inflação sob controle – IPCA de 3,4% – e queda previsível de taxa de juros contribuirão para a redução da inadimplência e irão estimular a concessão de crédito.
Mesmo com elementos macroeconômicos positivos, o economista do Bradesco considera a área fiscal um problema sério: “o Brasil vive em déficit primário muito grande e a demora para resolver esta questão pode trazer problemas, mas não uma crise porque o agronegócio e a indústria se mantém fortes”.
Foto: Caroline Stinghen