O agro fecha a semana no centro da disputa global por inteligência, carbono e poder.
O Brasil não está discutindo futuro — está disputando quem vai COMANDAR: o agro inteligente.
No Senado, o debate é sobre quanto vale o carbono brasileiro. Na Câmara, quem vai financiar ciência, antes que o clima ou a regulação castiguem.
No Executivo, o governo dispara um programa para colocar startups dentro da máquina pública. E no setor privado, as agtechs já avisaram: o futuro não vai esperar Brasília.

Valer ou pagar? O mercado do carbono no Senado
Produtor quer renda por capturar, não punição por produzir!
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal realizou, na quarta-feira (22), uma audiência pública para debater com representantes do setor privado e da comunidade científica a regulamentação da Lei 15.042/2024, que instituiu o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).
A audiência escancarou a disputa real: ou o Brasil paga para se adequar — ou recebe para liderar.
Especialistas lembraram que o agro brasileiro já captura carbono, mas a ONU ainda trata como se fosse emissor líquido.
Zequinha Marinho resumiu o risco: “Se errar a calibragem, exportamos crédito e importamos custo.”
Ciência como defesa – Câmara atualiza a Política Agrícola
Catarinense Daniela Reinehr (PL-SC) puxa virada estratégica com pesquisa e adaptação climática.
A Comissão de Agricultura da Câmara aprovou, na quarta-feira, 22, a proposta que moderniza a Política Agrícola Nacional para o clima hostil do século XXI.
A relatora, deputada Daniela Reinehr, cravou que o Brasil não pode depender de improviso enquanto o clima virou variável geopolítica e financeira.
O texto integra pesquisadores + startups + produtores, prioriza sanidade, adaptação climática e tecnologia aplicada ao pequeno e médio.
Tradução: a ciência volta para a fazenda — não para o PDF.
Governo aciona Startups
Estado admite que não dá conta sozinho — e abre a porteira para inovação.
O Ministério da Agricultura lançou o MAPA Conecta, programa oficial que coloca produtores, startups, cooperativas e indústria no mesmo ecossistema de inovação aberta.
É mais que digitalização — é competição estratégica por soberania tecnológica, com planos nacionais para bioeconomia, agricultura digital e alimentos do futuro.
Agora a pergunta é: o ritmo do governo acompanha o da iniciativa privada?
Agtechs disparam
Brasil já concentra 80% das agtechs da América do Sul — e elas atraem o dinheiro antes da lei.
Levantamento do Rabobank mostra: o Brasil se tornou a potência tecnológica do agro Sul-Americano.
Mais de 2.000 agtechs ativas, drones, biotecnologia, gestão por hectare e dupla safra se consolidando.
E o motor da revolução? A nova geração assumindo fazendas como empresas com dados em tempo real — e não como herança familiar.
Tecnologia não é tendência: é sobrevivência e soberania!
Carbono, clima, crédito, imagem — tudo virou código.
Enquanto parte do governo ainda discute “se” vai modernizar, a tecnologia já decidiu “quando”: agora!
Quem entender que tecnologia é poder de negociação internacional, renda imediata e blindagem de reputação, lidera já.
Quem enxergar como moda — será regulado, precificado e superado.
O mundo já decidiu: ou o Brasil lidera a era da inteligência agroambiental — ou vira colônia climática com prazo de expiração.





