Somos todos irmãos, filhos de um mesmo pai e vivemos em uma mesma casa

O dia 4 de outubro nos lembra a data da morte de São Francisco de Assis, em 1226. Dois anos após o seu falecimento ele foi canonizado por Gregório IX. Francisco, o homem doce, muito conhecido na cidade de Assis, impressionava a todos com a sua maneira cuidadosa de se comportar. Ele havia decidido se afastar de festas e de todas as benesses, que sua família abastada, lhe oferecia, para seguir a vida religiosa e de pobreza. Nesta época começou a chamar a todos de irmãos.

O seu biógrafo, Tomás de Celano, conta: “Foi então que a graça divina desceu sobre ele, iluminando-o quanto ao nada das vaidades terrenas e revelando-lhe as realidades invisíveis. De repente, foi inundado por uma tal torrente de amor, submerso em tal doçura, que ficou ali imóvel, sem ver nem ouvir nada. Com o tempo, perdeu todo o gosto pelos negócios e gradualmente se foi afastando do mundo.”

As lindas histórias de São Francisco com os animais, a domesticação do lobo que estava ameaçando um povoado inteiro, e as pregações que ele fazia aos pássaros, que conta-se, o ouviam, só eram possíveis, porque ele era um homem disposto a viver em paz com os demais homens. Viver em paz, segundo as Leis de Deus era um dos grandes segredos para tanto amor e, consequente, harmonia.

Sendo assim, a Oração de São Francisco nos traz o ensinamento que é o amor e a união entre todos os seres, porque, afinal, não é assim que conseguiremos as vitórias que tanto queremos em favor de nossos amados animais? Os cuidados a TODOS OS ANIMAIS só poderão ser feitos se nós, homens, pudemos entrar em concordância sobre o assunto. Que sejamos os primeiros a estender as mãos em benefício de TODOS.

Sendo assim, deixo aqui a ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO:

Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

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