Se eleito, o candidato a prefeito de São José, Moacir da Silva (Podemos), focará em reabrir imediatamente a Universidade de São José. O compromisso foi firmado pelo próprio durante sabatina na NDTV nesta sexta-feira (30). Aos jornalistas Raphael Polito e Paulo Cesar, Moacir explicou, também, outros pontos levantados no plano de governo para renovação da cidade.

“Nos primeiros seis meses, todo o esforço focado na educação será a reabertura da universidade. Com possibilidade de formação dos nossos jovens e de inclusão social. Uma coisa é dar dignidade, e isso a cidade roubou da nossa população. Entendemos que educação não é custo, é investimento”.

O centro de ensino superior era totalmente municipal, representando menos de 1% do orçamento de São José. Os trâmites para fechamento iniciaram na gestão de Adeliana Dal Pont (PL) e a pá de cal veio com Orvino de Ávila (PSD) – quando ambos integravam o mesmo grupo político.

Também foram levantadas as ideias referentes à educação básica, sobretudo da primeira infância. Compõe o plano de governo o programa Infância Protegida, que contempla os primeiros 1000 dias da criança e propõe renovação na estrutura das creches e capacitação aos professores e cuidadores.

“É quando os principais processos mentais acontecem. É onde o poder público tem que ter um olhar diferenciado para as creches em que essas crianças serão acolhidas”.

O sucateamento da educação básica, segundo o candidato, não condiz com o potencial econômico da cidade – que arrecada mais de R$ 1,5 bilhão por ano. Ainda, as gestões passadas não teriam acompanhado o desenvolvimento da cidade – tanto economicamente quanto na infraestrutura.

Como exemplo, Moacir cita o transporte municipal. De acordo com ele, a solução passa pela criação de novas formas de transporte e pela criação de novas linhas de ônibus na cidade que seriam integradas num terminal estratégico pagando uma tarifa única – semelhante ao que existe em Florianópolis.

“Não só os modais, mas também repensar o transporte público em São José. Temos um modelo que foi traçado anos atrás e que já não serve mais para nossa realidade. A cidade cresceu e se desenvolveu, o transporte precisa se adequar a este crescimento Temos mini cidades, e elas precisam ser integradas ao todo”, disse.

As urgências do município passam também pela saúde. Moacir, que foi diretor do Instituto de Psiquiatria da Colônia Santana, propõe uma gestão solidária que dê encaminhamento a casos de saúde mental.

“Propomos a Clínica Azul, que é para acolhimento não só da família que tem pessoas neurotípicas, com TDAH, espectro autista, mas uma estrutura moderna, qualificada, que abrace a pessoa e sua família”.

Além disso, a criação de novos centros de atendimento de saúde geral em locais que hoje carecem de estruturas.

“Queremos descentralizar as ações do governo. Uma nova UPA na Serraria, mas também policlínica na região do Lisboa, para não fazer com que as pessoas migrem para o centro da cidade. Primeiro porque tem custo, segundo porque atrasa a mobilidade urbana. Queremos ampliar unidades básicas de saúde”, finaliza.