“Não teremos um painel específico de mulheres em nosso encontro, nós teremos mulheres em todos os painéis, porque a Uvesc entende que a representação feminina tem que ser de fato e não de faz de conta. Por isso, hoje nós abraçamos e lançamos o movimento Eu Apoio Mais Mulheres na Política”, a frase da presidente da Federação das Câmaras de Vereadores de Santa Catarina (Uvesc), Marcilei Vignatti (PSB), nesta quarta-feira, 13, durante o encontro estadual da instituição em Florianópolis, vai além do discurso.
O ato da Uvesc, durante a realização de seu encontro de capacitação, que reúne cerca de 400 vereadores e servidores, pode parecer pequeno, mas ele se diferencia por ser prático. Não é um ato publicitário, é uma iniciativa. A mulher não precisa discutir somente sua representatividade, ela precisa estar no palco de todas as pautas de interesse da sociedade.
A campanha da Uvesc soma-se a uma série de iniciativas que marcam o mês da Mulher em Santa Catarina e vem ao encontro da necessidade urgente de promover um debate mais profundo sobre políticas inclusivas. A política ainda é uma ambiente predominantemente masculino, no qual as decisões nem sempre passam pelas mulheres. Para se ter uma ideia, 12% das cidades do estado não têm representantes mulheres em suas Câmaras Municipais. De que forma esses municípios podem discutir políticas municipais voltadas às mulheres?
Santa Catarina tem o desafio de aumentar a participação das mulheres nos legislativos municipais, que hoje é de, 17,6% (525 vereadoras eleitas) ou corre o risco de protagonizar cenas lamentáveis, como a da Câmara Municipal de São Paulo, que virou notícia ao constituir uma comissão responsável por discutir e elaborar políticas públicas para as mulheres com sete integrantes homens e nenhuma mulher.
Foto: Durante a abertura do evento, os quatro ex-governadores presentes, Carlos Moisés, Eduardo Pinho Moreira, Raimundo Colombo e Paulo Afonso Vieira, colocaram o botton da campanha, que foi distribuído para todos os participantes.