O vereador Maikon Costa (PL) apresentou uma denúncia por infração ética-disciplinar contra o vereador Guilherme Pereira (Podemos). Ele quer a instauração de um processo pelo Conselho de Ética da Câmara de Florianópolis.
No pedido, ele sustenta que mesmo licenciado para assumir a Secretaria do Continente, Guilherme manteve oito das 11 vagas de assessores – “utilizando-se da possibilidade de retorno à cadeira de vereador como ameaça para que essas vagas fossem mantidas” -, com cerceamento das atividades e direcionamento do voto do suplente Marcos Leandro Gonçalves (PSC), o Marquinhos.
Maikon, que relaciona os funcionários do gabinete e o próprio Marquinhos como testemunhas, afirma ainda que Guilherme utilizou do mandato do suplente “como um apêndice da sua gestão no Executivo, ferindo por completo a independência dos poderes” e prejudicando a missão constitucional de fiscalização.
A denúncia foi protocolada às vésperas de uma reunião decisiva do Conselho de Ética, marcada para esta segunda-feira, às 13h30, sobre o processo que pode resultar na cassação de Maikon – acusado de interferir no trabalho do seu suplente Mário Cosme Mattos (PL), o Sargento Mattos. O vereador Ricardo José de Souza (PSD), o Diácono Ricardo, vai dar seu parecer sobre o caso, que pode recomendar a suspensão de 30 a 90 dias ou a perda do mandato.
Ao citar essa investigação em curso, “com muito menos elementos probatórios”, Maikon disse que “não restam dúvidas que este plenário não usará ‘dois pesos e duas medidas’ para a respectiva apuração e trará luz à verdade dos fatos”.
O vereador Guilherme Pereira, que voltou ao Legislativo em janeiro, disse que vai se manifestar depois de informações “concretas e oficiais” sobre a denúncia protocolada. O suplente Marquinhos também afirmou que ainda não tinha tido acesso ao teor e que falaria sobre o assunto nos próximos dias.
Vereador Maikon Costa, autor da denúncia., Foto: Édio Hélio Ramos, divulgação, CMF
Guilherme Pereira, vereador e ex-secretário do Continente. Foto: divulgação, PMF