Presente em Belém (PA) para a COP30, o navegador catarinense Vilfredo Schurmann debate a possibilidade de levar a exposição “A Voz dos Oceanos” para Florianópolis. Em conversa com o prefeito Topázio Neto (PSD) nesta quarta-feira, a ideia é que a mostra possa integrar as comemorações do centenário da Ponte Hercílio Luz, em maio de 2026. A exposição, que alerta para a poluição plástica nos mares, está sendo realizada na capital paraense durante a cúpula do clima.

Questionado sobre a chance de levar a instalação para a capital catarinense, Schurmann afirmou que a pauta da conscientização “tem tudo a ver” com a cidade e seria uma oportunidade de mostrar como Florianópolis lida com o lixo e a coleta seletiva. O prefeito Topázio Neto, que visitava a exposição, endossou a ideia.
Topázio comparou a construção da ponte, que “para a sua época parecia uma coisa impensável”, com a volta ao mundo da família Schurmann.
– Acho que a gente pode ter como meta aí tentar viabilizar a exposição em Florianópolis para comemorar os 100 anos da ponte – declarou o prefeito.
A luta contra o plástico
Vilfredo Schurmann explicou que a iniciativa “A Voz dos Oceanos”, agora com três anos, foca na conscientização sobre os 1,2 milhões de toneladas de lixo plástico despejadas no mar brasileiro anualmente. Ele ressaltou que a bandeira da ONG não é política, “nem de esquerda, nem de direita”, mas sim “salvar esses oceanos”.
O instituto, que é brasileiro e tem sede em Itajaí (SC), está presente na COP30 ao lado de grandes ONGs internacionais como WWF, Sea Shepherd e Oceana.
A mostra em Belém conta com uma instalação imersiva e interativa. Em uma das seções, os visitantes visualizam seu consumo de plástico diário, mensal e anual, o que, segundo o navegador, “impacta as pessoas”. A exposição também inclui uma projeção 3D de baleias, exposições fotográficas, incluindo uma do fotógrafo paraense Luiz Braga, e um cinema patrocinado pela Netflix que exibe filmes da expedição.
Conexão com Santa Catarina

Schurmann, que se declarou “Manezinho da Ilha”, comemorou a visita do prefeito de sua cidade natal e falou sobre a saudade de Santa Catarina, “do camarãozinho com cervejinha”. Ele também elogiou a “fora de série” recepção do povo paraense, que tem visitado a exposição e o veleiro da família.
Ao final, Topázio e Schurmann relembraram a antiga estrutura da Ponte Hercílio Luz, com Vilfredo mencionando o tempo em que dirigia sobre as “tábuas de madeira” da travessia.






