Integrar pela paz nas escolas. Por Paulinha

Por Paulinha

As marcas causadas pela morte de crianças e professores em escolas, naquele que deveria ser o local mais seguro de todos, reforça os sintomas de que vivemos uma epidemia de violência. O ataque recente em São Paulo não está desconectado das tragédias que presenciamos em Blumenau e Saudades, quando perdemos vidas preciosas, passando a ver Santa Catarina integrar-se à esse quadro permanente de dor.

A vacina para essa epidemia não será rápida, e exige uma mudança estrutural na forma como trabalhamos a educação, a segurança pública e a cidadania. É por isso que a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, com a união dos 40 deputados e a liderança do presidente Mauro de Nadal, criou um comitê para estudar as medidas mais efetivas para combater a violência e incentivar a paz nas escolas.

Esse trabalho inédito teve a participação de mais de 30 entidades, incluindo o Governo do Estado e o Ministério Público, além de audiências públicas com contribuições de estudantes, pais e professores. E a entrega do relatório final desse trabalho é um marco. Inclui diversos projetos de lei que refletem a nossa busca pela cultura de paz nas escolas catarinenses.

Essa busca por soluções nos levou a São Paulo, Estados Unidos e Colômbia. Dessas missões, identificamos iniciativas de referência para serem aplicadas em nosso Estado, como a obrigatoriedade do controle de entrada por interfone e a construção de uma escola que ofereça cursos presenciais de formação pedagógica e ações para saúde mental dos nossos educadores.

Além das barreiras físicas, vimos a importância de promover a cultura de paz e ações de civismo nas escolas. A segurança não se restringe a medidas físicas, mas envolve a criação de um ambiente emocionalmente seguro para os alunos. Aprendemos que a segurança nunca está completa, é um processo contínuo de melhoria. Devemos adotar a filosofia da melhoria constante na segurança escolar.

Enfrentar a negação, como fizeram nos Estados Unidos, é o primeiro passo. Ignorar a realidade, acreditar que isso nunca voltará a acontecer, não nos levará a soluções. É por isso que o nosso trabalho continua. Vamos criar o Integra, Comitê Integrado para Cidadania e Paz nas Escolas, porque garantir a segurança escolar precisa ser uma pauta permanente e com participação de toda a sociedade.

Estamos unindo forças para criar escolas seguras e proteger nossos filhos. Juntos, educadores, pais, alunos e comunidade, estamos transformando nosso compromisso em realidade. Não desistimos e acreditamos que essa mudança é possível. Unidos, continuaremos trabalhando para garantir que a paz nas escolas de Santa Catarina seja uma certeza, não apenas uma esperança.



Paulinha (Podemos), é deputada estadual por Santa Catarina.

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