A 40a Promotoria de Justiça da Capital instaurou, um procedimento preparatório para apurar possível ocorrência de dano moral coletivo, por conta do “discurso de ódio difundido” contra Santa Catarina, motivada por uma publicação feita pelo jornal “Folha de S.Paulo” que atribui aos catarinenses o estigma de nazistas. A associação foi feita na edição de 22 de maio deste ano pela colunista Giovana Madalosso ao falar sobre a inscrição “Heil” em duas casas de Urubici, na região serrana.
O promotor Jádel da Silva Júnior pediu manifestação do secretário de redação do portal “Folha de S. Paulo”, Roberto Dias, e da própria colunista. Ele solicitou que a jornalista justifique os dados e informações constantes na publicação, “indicando as fontes de pesquisa que utilizou para embasar” o texto. No despacho desta terça-feira (19), Jádel deu prazo de 15 para que os dois prestassem os esclarecimentos.
Uma notícia de fato instaurada pelo MPSC já apura o caso no âmbito criminal. E também está em andamento um inquérito policial na Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância.
O teor da coluna repercutiu nacionalmente, com mensagens agressivas aos catarinenses. A “Folha” admitiu, alguns dias depois, que errou ao associar a inscrição da palavra ao regime nazista de Hitler. E explicou que a palavra é uma referência ao sobrenome da família que vive nas propriedades que tiveram os telhados fotografados
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Fake news associou a inscrição do sobrenome da família a uma saudação nazista. Foto: Divulgação.