Coluna do Upiara: Beto Martins no Senado e a resposta de Jorginho sobre Michelle Bolsonaro candidata em SC (e outras notas desta quarta, dia 7)

Coluna Upiara Por Toda Santa Catarina

A coluna Upiara Por Toda Santa Catarina desta quarta-feira, 7 de agosto, destaca a posse de Beto Martins como senador na vaga de Ivete da Silveira, a resposta de Jorginho Mello quando perguntado sobre Michelle Bolsonaro concorrer pelo Estado em 2026 e o tamanho do MDB na disputa municipal.

Beto Martins chega, enfim, ao Senado

É sina de segundo suplente ouvir a promessa de que vai assumir o mandato de senador em algum momento dos longos oito anos de mandato do titular e esse momento nunca chegar. Beto Martins (PL) fugiu à regra e tomou posse ontem como senador por Santa Catarina por quatro meses, devido à licença da senadora Ivete da Silveira (MDB). Muito se especulou após a vitória de Jorginho Mello (PL) para o governo que Beto Martins poderia assumir em definitivo, mas o MDB estadual bancou a permanência de Ivete. Jorginho liderava a chapa eleita em 2018.

Ivete garantiu Jorginho no Senado

Naquela composição, Jorginho escolheu Ivete da Silveira para selar o apoio do MDB, que não lançou candidato ao Senado justamente para garantir o apoio do PR (hoje PL) a Mauro Mariani na disputa pelo governo. Viúva de Luiz Henrique da Silveira, morto três anos antes, Ivete deu a liga emedebista a Jorginho e ainda foi um diferenciar em Joinville, o que garantiu a eleição de Jorginho ao Senado por escassos 18 mil votos. É o começo da história que levaria Jorginho ao governo – o MDB duvidou e hoje paga por isso.

Beto Martins com Jorginho desde tempos tucanos

Beto Martins estava fora da política quando foi chamado por Jorginho para completar a chapa como segundo suplentes. Ele havia despontado como prefeito de Imbituba entre 2005 e 2012 como um político bom de diálogo, trânsito e articulação – o que fez com quem fosse várias vezes escalado para apaziguar os ânimos das ruidosas brigas das liderenças do PSDB, especialmente entre Leonel Pavan e Jorginho. É longa a relação política e a amizade. Eleito governador, Jorginho Mello trouxe novamente Beto Martins para a política, criando para ele a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias – um dos acertos da gestão, ao dar luz e comando para uma área que ficava subalterna na Secretaria de Infraestrutura.

Novos e os velhos amigos de Beto Martins

Jorginho acompanhou a posse de Beto Martins no plenário do Senado e apresentou o novo senador aos antigos colegas, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O ex-deputado federal Edinho Bez (MDB) está ali na foto porque quando o assunto é logística, ele sempre aparece.

Ivete com os petistas

Com o Beto Martins no Senado, a bancada catarinense passa a ser toda de oposição ao governo Lula, com o novo senador se somando a Jorge Seif (PL) e Esperidião Amin (PP). A senadora licenciada Ivete da Silveira (MDB) volta e meia votava a favor do governo Lula (PT). Aliás, olha a cara que o governador faz quando a emedebista conversa com o PT – no caso, o senador Fabiano Comparato, do PT do Espírito Santo.

E a Michelle Bolsonaro?

Tá, o leitor chegou até aqui e nada sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Não me xingue, juro que não é clickbait. Enquanto dava entrevistas no Senado, o governador Jorginho Mello foi questionado pelo jornalista Felipe Pereira, do UOL, sobre a cônjuge de Jair Bolsonaro ser candidata a senadora por Santa Catarina em 2026 – uma informação que o jornalista Marcelo Lula publicou aqui no Estado. A primeira reação do governador foi devolver a pergunta:

Quem te disse isso? – questionou Jorginho.

Na sequência, ele respondeu, de forma suscinta e genérica, mas sem rechaçar a possibilidade:

Ela pode ser candidata onde quiser – finalizou.

Avisa a turma

Para Jorginho Mello seria o melhor dos mundos ter o sobrenome Bolsonaro na chapa de reeleição, especialmente se o adversário quiser disputar o eleitor bolsonarista – alguém como o prefeito chapecoense João Rodrigues (PSD), por exemplo. Mas estou curioso para saber como Caroline de Toni, Júlia Zanatta, Daniela Reinehr, Daniel Freitas, Ana Campagnollo, Fabrício Oliveira e todos os demais integrantes do Sindicato dos Postulantes a Senador pelo 22 em SC (Sinposen22-SC) receberiam a notícia de uma vaga a menos.


Arte em destaque: Galvão Bertazzi.
Fotos: Jefferson Rudy, Agência Senado.

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