O governo Jorginho Mello (PL) trabalha com a expectativa de concretizar, dentro do prazo estipulado de seis meses, a promessa de zerar a fila das cirurgias eletivas herdadas do governo Moisés (Republicanos). Ao todo, eram 105 mil procedimentos – número que se aproxima do zero faltando 60 dias no calendário até a “data limite”. Segundo a secretária de Estado da Saúde Carmen Zanotto (Cidadania), a pasta atuará com maior afinco para atender, principalmente, pacientes de cirurgias mais delicadas já mapeados pelo Estado.
– Estamos com situações mais confortáveis. Cirurgias gerais, no Sul do Estado, não temos mais filas. Temos filas grandes ainda, na região, de alta complexidade, da ortopedia, que temos dois serviços novos em Araranguá e Sombrio. Tínhamos 18 hospitais que faziam alta complexidade em ortopedia, agora temos mais 10 que se habilitaram – disse, em entrevista ao quadro Plenário, nesta terça-feira, na rádio Som Maior.
Segundo a secretária, fruto disso está na deliberação, de março deste ano, que abriu o credenciamento estadual para que entidades que prestavam o serviço no meio privado, recebessem recursos para também o fazer pelo Sistema Único de Saúde.
Como consequência, a redução “será absolutamente significante”, segundo Carmen. Parte disso veio a partir do trabalho em conjunto com os municípios e as associações municipais para mapear e identificar os pacientes – grande entrave para o funcionamento inicial do plano.
– Faço um apelo: por favor, as pessoas que estão na fila de cirurgia, que atualizem seus dados nas unidades de saúde. Descobrimos, andando pelo Estado, que em Criciúma temos uma fila de 275 pacientes para cateterismo. É tão importante quanto a cirurgia eletiva, ou mais. Concluímos hoje o levantamento: as duas maiores filas para cirurgia estão em Criciúma e Lages. Não temos fila no meio-oeste, no extremo oeste, no planalto norte, mas precisamos fazer o cateterismo destes 919 pacientes.
A ex-deputada federal ainda prevê que ao dia 30 de julho, as filas para as cirurgias oncológicas estejam “praticamente zeradas”.
– Só preciso dar baixa nos 524 pacientes que estavam na fila de 2017 a janeiro de 2023 pois cada município nos ajudou a localizar os pacientes. Na cardiologia, oncologia tenho certeza que serão filas zeradas. Na cirurgia geral, para algumas regiões, também zeradas, com nenhum paciente anterior a esta data. E já operando pacientes de câncer de 30 de janeiro pra cá. Tudo isso será apresentado. O volume de cirurgia nestes três meses, em comparativo ao ano passado foi de 31% a mais.