Aldo Garcia, da Betha Sistemas, faz relevante resumo e diagnóstico das necessidades que os governos devem ter para conseguirem se adequar ao processo de inovação tecnológica cada vez mais rápida e inevitável.
Em recente fala no evento da LIDE, o empresário destacou dez pontos vitais para que as organizações públicas consigam se inserir na era digital.
São eles:
- Segurança de dados. Não se imagina que empresas ou órgãos públicos não disponham de ferramentas para saber administrar suas informações e garantir absoluta confiabilidade e padrão máximo de segurança de todos os dados que chegam e transitam por eles.
- Competências digitais. Na era contemporânea é inaceitável que prefeituras, governos tenham servidores despreparados, que não saibam trabalhar com ferramentas tecnológicas disponíveis – e que continuamente mudam e transformam a maneira de agir nos ambientes de trabalho.
- Redesenho dos processos. Imperioso que as prefeituras façam o redesenho dos processos de tecnologias, sob pena de ficarem defasadas, com consequências para a entrega de serviços e prejudicial para a produtividade e para a população. Recentemente, uma prefeitura de grande município catarinense teve de migrar do sistema DOS para o Windows e, só então, colocar as informações e os dados no modelo nuvem.
- As prefeituras precisam ter soluções digitais integradas. Isso é absolutamente fundamental porque só assim será possível atender o contribuinte com rapidez e eficiência, e com menos burocracia.
- Por isso, necessário que os processos sejam todos digitalizados. Assim, a procura por alguma informação ou busca por algum dado se torna mais simples e evita perda de tempo e também reduz o risco de aquele dado desaparecer ou ser extraviado.
- Inclusão digital e das empresas e dos cidadãos. Este será o grande desafio a médio e longo prazos, que prefeituras e governos terão de enfrentar e superar. Porque se isso demorar demais ou não for conseguido, os passos dados até então poderão se tornar pouco eficazes. Afinal, o adequado é que todos os participantes da rede (poder público, iniciativa privada e pessoas) estejam alinhados na modelagem tecnológica para viabilizar máxima eficiência do sistema como um todo.
- Conectividade total. Fundamental que o setor público não trave esse processo. A conectividade total auxilia no aumento da produtividade e também na transparência. Nesse sentido, o governo deve ser uma plataforma. Significa dizer que ele, governo, deve ser um facilitador porque a cidade é que vai movimentar a engrenagem.
- Serviços preditivos e prescritivos. Atualmente, as pessoas já falam com o “sistema”, usando a inteligência artificial, sem a presença de outras pessoas do outro lado. Essa lógica vai se intensificar e se espalhar muito rapidamente.
- Um dos projetos da Betha Sistemas já informa o desempenho dos alunos nas escolas públicas. Por exemplo: o algoritmo utilizado na inteligência artificial avisa, precocemente, se o aluno vai reprovar, se medidas não forem tomadas.
- Melhorar a experiência dos cidadãos nas cidades.
Sim, isso será essencial porque cada vez mais as pessoas tem pressa e querem ter tempo livre para melhorar sua qualidade de vida. Nesta perspectiva, vivenciar situações estressantes nos ambientes e serviços públicos conduz ao contrário.
Foto: Betha/Divulgação