Dreveck diz que prefeitos do PP terão que provar inocência; Gean adota cautela no União

operação mensageiro

Tanto Silvio Dreveck, presidente do PP catarinense, quanto Gean Loureiro, o presidente estadual do União Brasil, foram cautelosos ao comentar os efeitos da Operação Mensageiro em seus partidos. Em nível máximo de segredo de Justiça, ela investiga um suposto esquema liderado pela empresa Serrana Engenharia para conquistar, mediante propina a agentes públicos, contratos de gestão do lixo em diversos municípios catarinenses. Entre os presos, prefeito e vice de Tubarão: Joares Ponticelli (PP) e Caio César Tokarski (União Brasil), numa dobradinha entre as legendas, que devem formar federação nas próximas semanas.

Prefeitos do PP na Operação Mensageiro

Três dos sete presos são pepistas – Luiz Henrique Saliba, de Papanduva, Antônio Rodrigues, de Barra do Sul, e Joares Ponticelli, de Tubarão. Em tom célere, Dreveck lamenta as prisões, mas resguarda movimentos de apoio.

– Nós lamentamos essa situação. Isso não é uma coisa difícil de se expressar. É lamentável, o partido não tem feito qualquer movimento para nenhum lado. Vamos resguardar. Os prefeitos alegam que são inocentes, mas terão que provar. Mas o partido não tomou posição nesse assunto pois está na fase de investigação pelo Ministério Público, diz respeito à Justiça.

Dreveck também lamenta o envolvimento de Ponticelli – tido, segundo ele, como grande nome do PP no Sul do Estado.

– O prefeito Joares Ponticelli sempre foi uma grande liderança. Como deputado, prefeito, participou da executiva do partido, foi presidente do partido. É lamentável, mas precisamos tocar a vida. Vamos para frente, não é por conta disso que deixaremos de dar sequência ao partido.

Prefeito do União Brasil na Operação Mensageiro

Ao falar da prisão do correligionário Caio Tokarsky, Gean Loureiro relembra o caso da Operação Chabu – em que fora preso e detido até comprovar inocência, para dar argumentar em favor da Justiça.

– Foi o único caso do nosso partido que acabou envolvido na operação. Já fui vítima de injustiça que, no fim, se demonstrou que eu não tinha relação alguma. Então não vou fazer qualquer julgamento precipitado de um processo que tramita em segredo de justiça. Não temos informações para saber o que acontece. Vamos aguardar todo o posicionamento, o avanço das investigações para a partir daí discutir e avaliar qualquer medida que podemos realizar.

Até agora, também foram presos o prefeito de Pescaria Brava, Deyvisonn Souza (MDB), o prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL), os prefeitos de Lages, Antônio Ceron (PSD), e de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PL).

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