O Governo do Estado anunciou nesta terça-feira um aporte de R$ 223 milhões em obras que deverão ampliar o fornecimento de energia elétrica para a indústria de Santa Catarina. O Plano de Desenvolvimento Energético para a Indústria Catarinense prevê novas subestações, linhas de transmissão e redes de distribuição que atenderão o setor. A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), palco do anúncio, comemora o “destrave” proporcionado pela injeção de recursos.
– A indústria catarinense reinveste aqui os seus resultados. Então é muito importante que se tenha uma política de manutenção da nossa indústria aqui, como se faz agora, com a melhoria da infraestrutura, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, anfitrião da solenidade.
Para ele, o plano destrava investimentos que estavam retidos há anos. Ele diz que todas as 11 empresas atendidas são genuinamente catarinenses.
O que prevê o plano
O plano prevê investimento em obras que devem atender as necessidades das indústrias que não serão diretamente contempladas pelo investimento de R$ 4,5 bilhões anunciado recentemente pelo Governo do Estado e pela Celesc. Assim, a conta foi dividida: serão R$ 174,2 milhões do Governo do Estado e R$ 48,9 milhões da Celesc.
- Na prática, o plano não integra o pacote anunciado em maio, mas é um importante complemento e atende a um pleito de pelo menos cinco anos das indústrias. Somados, serão R$ 4,7 bilhões no sistema elétrico catarinense – ressaltou o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa.
A ideia é que, com novas subestações, linhas de transmissão e redes de distribuição, 11 indústrias enquadradas na proposta governamental terão a infraestrutura energética necessária para expandir negócios e aumentar a produtividade. Dados do Estado afirmam que haverá retorno de R$ 160 milhões em ICMS para os cofres públicos a partir da efetivação de investimentos públicos e privados.
Segundo Tarcísio, o benefício não é só para aquela indústria que vai fazer o investimento.
– Os investimentos históricos no sistema elétrico vão atender uma demanda reprimida da indústria catarinense e estão de acordo também com a missão dada pelo governador, que é fornecer mais energia de qualidade para o setor produtivo, garantindo o desenvolvimento, gerando mais empregos e renda.
Investimento e empresas beneficiadas
O investimento na infraestrutura será feito ao longo de 30 meses e dividido entre o Governo do Estado, com R$ 174 milhões, e a Celesc, que entrará com R$ 49 milhões. O secretário de Estado da Fazenda, e ex-presidente da Celesc, Cleverson Siewert, afirmou que o plano atende indústrias que têm projetos de expansão com demandas energéticas específicas, que exigem solução diferenciada.
São elas: Águas Negras S.A (Ituporanga), Metalúrgica Riosulense S.A (Rio do Sul), Pamplona Alimentos S.A. (projetos em Presidente Getúlio e em Rio do Sul), Docol (Joinville), Ciser (Araquari), Tuper (São Bento do Sul), Cejatel (Jaguaruna), Bragagnolo Papel e Embalagens (Faxinal dos Guedes), Tirol (Treze Tílias), Baterias Pioneiro (Treze Tílias) e Chlorum (Palmeira).
A solenidade contou também com a presença do governador Jorginho Mello (PL), da vice-governadora Marilisa Boehm, além do secretário da Indústria e Comércio, Silvio Dreveck.