Florianópolis vive uma “pandemia” de pessoas em situação de rua. Por Pedrão Silvestre


Pedrão Silvestre escreve artigo sobre o aumento significativo da população em situação de rua em Florianópolis, destacando o que chamou de ineficácia das políticas públicas atuais e a necessidade de gestores mais qualificados para resolver o problema.

De 2013 até 2024, nossa cidade teve um salto de 600% no número de pessoas em situação de rua, saindo de pouco mais de 600 pessoas para cerca de 3.500, um aumento absurdo, que corresponde a uma população maior do que 66 municípios catarinenses. Rancho Queimado, por exemplo, tem uma população de 3.279 habitantes.

As consequências dessa “pandemia” são seríssimas, vão desde a desordem e a sujeira urbana, furtos constantes no comércio, agressões, tentativas de estupro e até assassinato, como o ocorrido com o adolescente de 17 anos morto no largo da Alfândega em 07 de novembro de 2023.


As políticas públicas desenhadas pela prefeitura não surtem nenhum efeito, são midiáticas e custam muito caro à nossa sociedade. A exemplo, vivemos uma overdose de mídia sobre a tão anunciada “internação involuntária”, que hoje se tornou piada e motivo de silêncio por parte da gestão municipal, a qual internou apenas 4 pessoas, que permaneceram menos de 72 horas dentro do IPQ.

Diante disso, o Ministério Público, recomendou que a Prefeitura elabore os protocolos de tratamento que são inexistentes até o momento. Isso é inconcebível quando se trata da capital do estado com uma estrutura administrativa gigantesca. Este problema só será resolvido quando a montagem do time de gestão priorizar preparo acima de política, com secretários municipais qualificados e que tenham capacidade técnica para administrar. Nesse ponto, a Prefeitura pecou muito, pois são diversos secretários escolhidos que foram afastados (e até presos) por suspeitas de corrupção. Na pasta da Assistência Social,
mais um erro grosseiro: trocar um Secretário assistente social de formação por um agente
penal, isso diz muito.

Somente com uma equipe qualificada sobreposta a indicações políticas que vamos alcançar êxito neste grave problema que mata pessoas e sociedade. Florianópolis deve decidir em se tornar Rio e São Paulo, ou, resgatar sua própria identidade, com honestidade, amor e ordem.


Pedrão é pré-candidato a prefeito de Florianópolis pelo PP. É formado em Administração Pública pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas da UDESC e foi vereador por duas vezes na capital.

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