Com apoio do Partido Liberal, o deputado Mauro de Nadal (Mdb) sacramentou a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Durante entrevista ao quadro Plenário, da rádio Som Maior desta terça-feira, o deputado Ivan Naatz (Partido Liberal) afirmou que a bancada do partido se reunirá ainda nesta terça-feira para definir o nome de Ana Campagnolo como primeira vice – apesar de atritos internos, segundo Naatz, e outro nome para a liderança do Governo na Assembleia.
Naatz repetiu a disposição para assumir a liderança do governo dentro da Assembleia – embora lembre, novamente, que esta é uma decisão fluída, que cabe apenas ao governador, dado o peso do partido estadual e nacionalmente.
– A vaga de liderança do governo é sempre uma escolha particular do governador. Desde o início estou à disposição. Daqui a pouco temos uma conversa com o presidente Mauro de Nadal para distribuição de comissões, o Pl quer comissões importantes no parlamento. Não é fácil, é muita gente, cada um com uma personalidade diferente. Comandar o Pl não é uma coisa simples. Muita coisa pode acontecer.
Naatz também lembra que o desgaste sofrido por Zé Milton durante a disputa deve ser compensado. Com a possibilidade do suplente Pedrão (Pp) assumir o mandato, não é de interesse da legenda que Zé Milton seja indicado a um cargo no governo. Ele lembra que também há outros nomes dentro do Progressistas à disposição para composição de governo – a fim de preservar a gestão
– O governo tem uma obrigação de encontrar uma alternativa para o deputado Zé Milton. Não acredito numa secretaria pois a suplência do deputado Pedrão (Progressistas) dificulta muito para atrair alguém do Pp para o governo. Mas isso não quer dizer que alguém que não esteja com mandato não possa vir. Há interesse no deputado Silvio Dreveck ou outros quadros importantes do Pp para compor. O Pl precisa ter os espaços para o tamanho que ele tem no parlamento. Brigaremos por duas vagas na mesa. Nesse momento estamos querendo preservar o governo colocando pessoas de confiança.
Lembrando a pouca participação do governador Jorginho Mello na escolha de um candidato, Naatz afirma que se deu em razão de uma preservação conjunta dos nomes cujas candidaturas ao governo foram derrotadas. Segundo ele, o interesse pela composição vem para quebrar o isolamento do Pl dentro da Casa.
– Desde o início o governador tratou a Assembleia de forma paralela. Quando ele disse que o Pl não tinha candidato à presidência, já demonstrou que queria compor. Logo em seguida as alternativas apresentadas ele também não acatou. Isso mostra que o governador não se envolveu no processo diretamente. Como eu disse anteriormente, era um que venceu contra todos que perderam. É uma forma dos que estavam no governo passado se protegerem. O parlamento é nervoso, é uma coisa viva, que se movimenta o tempo inteiro.