Presidente do Sindicato dos Auditores do Estado de Santa Catarina – Sindiauditoria, Cristina Keller Sartori Biscaro, representa a categoria desde maio deste ano. Talvez pouco conhecido para o grande público, o sindicato tem um papel estratégico e fundamental para o Governo do Estado e para a sociedade catarinense. ” O objetivo é que tanto a sociedade quanto o próprio governo vejam o controle interno não como algo para apontar o erro, mas sim para prevenir o erro. E que cuidar da despesa é tão importante quanto cuidar da receita”, destaca Cristina.
Eleita para um mandato de dois anos, Cristina tem um desafio importante pela frente,que é o de ampliar o corpo técnico para garantir uma gestão transparente, ética e eficiente dos recursos públicos, beneficiando diretamente a sociedade com serviços de melhor qualidade e uma administração mais responsável e participativa. “Temos o desafio de fazer com que os aprovados no último concurso sejam nomeados para fortalecer e reforçar os trabalhos que estamos desenvolvendo há muitos anos. A nomeação dos novos auditores não é apenas uma medida administrativa, mas um investimento essencial”, destaca.
Desde 2008, Santa Catarina não tem novas nomeações de Auditores do Estado. Atualmente, há 44 auditores do Estado ativos.
A presidente ilustra a importância do controle interno com a assinatura do primeiro acordo de leniência do Governo de Santa Catarina, que garantiu a recuperação de mais de R$ 50 milhões por danos causados em 17 contratos firmados por uma empresa de tecnologia no Estado. “Penso que, na medida em que o trabalho de auditoria passar a ser parte estratégica da gestão de Governo, haverá menos erro, menos desperdício e mais recurso para investimento. O controle interno é um caminho sem volta. A atividade pode blindar os gestores de desvios e de corrupção. Ou seja, os auditores devem ser grandes aliados dos gestores, porque atuam na orientação da gestão, na minimização de riscos e prevenção de erros e fraudes, permitindo, assim, correções em tempo oportuno e evitando perdas irreparáveis ao erário, então o é um ganha-ganha para governo e sociedade”, ressalta.