TJSC mantêm prisão de Ed Pereira e advogado diz que vai recorrer

Operação Presságio cumpre mandatos nesta quarta-feira, entre eles o ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Ed Pereira.

Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do TJ-SC decidiram por unanimidade na manhã desta terça, manter a prisão preventiva do ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis, Ed Pereira. Votaram o presidente, Roberto Lucas Pacheco, e os desembargadores Hidelmar Meneguzzi de Carvalho e Sidney Dalabrida.

O advogado do acusado, Claudio Gastão da Rosa Filho, alegou, entre outros pontos, a “nulidade de prova” referindo-se ao celular de um corréu cujas senhas, segundo ele, não teriam sido fornecidas voluntariamente aos policiais.

Em nota, Gastão Filho antecipa que irá recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde, ressalta, existem precedentes que abonam sua tese.

Pelo que Ed Pereira é investigado?

Ed é investigado investigados por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção em Florianópolis.

Durante a primeira fase da Operação, que começou em 18 de janeiro, a Polícia Civil realizou 24 mandados de busca e apreensão. Com a investigação, a Polícia Civil apreendeu documentos, computadores e quebrou sigilos bancários. Foi assim que chegaram nos nomes de Ed Pereira e a esposa, Samantha Brose, Fábio Braga e Renê Raul Justino.

A Polícia explicou em inquérito que Renê é reconhecido por sua proximidade com Ed Pereira e já atuou como assessor parlamentar.

Outro ponto fundamental para a investigação foi a quebra de sigilo bancário de Samantha Brose, esposa de Ed Pereira, que revelou movimentações financeiras suspeitas. As investigações apontam que apesar do baixo salário de Samantha, próxima de um salário mínimo, foram identificados R$ 324.745,17 em transações no período investigado, iniciado em 2021.

A Polícia também encontrou 55 depósitos em dinheiro vivo na conta de Samantha, totalizando R$ 90.560,00. Alguns desses depósitos coincidem com saques realizados pelo advogado Andrey Cavalcante de Carvalho, também alvo da operação. As autoridades suspeitam que os recursos destinados a Samantha beneficiavam, na verdade, seu esposo, Ed Pereira.

Há ainda transações bancárias de R$ 16 mil realizadas por Renê Raul Justino, sob suspeita de serem encaminhadas para Ed por meio de Samantha.

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