Por Soledad Urrutia
Por que é tão difícil alcançar o equilíbrio de gênero no mercado de trabalho? Você pode facilmente responder que é uma questão histórica, fruto de uma sociedade que recentemente (em 1932) deu voz e direito para as mulheres.
Uma sociedade que avança desde então, mas que retrocede na violência silenciosa, acometida de forma explícita, desnecessária e diária contra aquelas que abrem caminho para outras mulheres. Mulheres como a competente colega Renata Furlanetto, que teve sua foto de bíquini exibida, em rede social, pelo jornalista Cacau Menezes, como se esse fosse seu único atributo capaz de conduzi-la ao cargo de secretária-adjunta de Comunicação do Governo do Estado. Não foi elogio!
Conheço a Renata somente como profissional. Uma jornalista respeitada, preparada e com pelo menos 15 anos de experiência na área. Ter uma mulher com esse perfil em um dos cargos mais altos da comunicação catarinense contribui para estreitar a distância rumo à igualdade de possibilidades no mercado de trabalho, entre homens e mulheres.
Uma das principais metas da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo relatório, divulgado em setembro do ano passado, a chegada das mulheres a postos de liderança ainda precisa de uma longa estrada: 28,2% delas exercem funções de comando em seus locais de trabalho e 35,5% fazem parte de governos locais
Ainda, segundo a ONU, para que seja atingido o equilíbrio entre homens e mulheres seria necessário um investimento de US$360 bilhões por ano, até 2030. Uma boa dose de respeito com as mulheres, independente de suas escolhas, certamente virá a amenizar a difícil escalada que é ocupar espaços de poder nos dias atuais.
Renata Furlanetto é linda sim, mas ela só é secretária Adjunta de Comunicação do Governo do Estado de Santa Catarina porque tem gabarito para isso: um currículo sem beleza física. Graduada em Jornalismo pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), com MBA em Marketing Digital, Renata tem experiências em Prefeituras, Assembleia Legislativa, Governo do Estado e campanhas políticas. Articulada, tem perfil de liderança e nos representa muito bem, obrigada!