No Brasil há 2972 livrarias. Uma para cada 60 mil habitantes. Em Santa Catarina há uma
livraria para cada 72 500 moradores. Em São Paulo há uma livraria para cada 39.400
pessoas. Os números são do mais recente levantamento feito pelo Anuário Nacional de
Livrarias.
É neste contexto que se realiza a vigésima edição da Feira do Livro de Joinville até o dia 16
deste mês. A longevidade do evento revela a importância e o êxito da iniciativa, mais do que
meritória. Fundamental porque sabemos que uma nação civilizada só se faz com crianças,
jovens e adultos capazes de interpretar textos e vivenciarem arte e cultura.
Um dos maiores problemas para aumentar, significativamente, o número de leitores, no
país, é a renda do trabalhador x valor do livro. Em 2023, o preço médio do livro estava em
46 reais.
Outro estudo, feito pela Nielsen BookScan indica elevação relevante no total de livros
vendidos: + 38 por cento no período de 2017 a 2022, com 56,8 milhões de publicações
vendidas. No ano de 2019 foram comprados 41,5 milhões de livros.
Mas, atenção: embora o total de livros adquiridos tenha crescido, em 2022 e em 2023
apenas 16 por cento dos brasileiros compraram livros. Isso demonstra que é uma pequena
parcela da população (um de cada seis brasileiros, em média) compra livros regularmente.
Outros dados atestam esta forte concentração de leitores: segundo pesquisa Panorama do
Consumo de Livros, feita pela Câmara Brasileira do Livro, 25 milhões de brasileiros adultos
- acima de 18 anos – compraram livros entre outubro de 2022 e outubro de 2023.
E onde os brasileiros preferem comprar seus livros? - As lojas exclusivamente virtuais respondem por 35 por cento do faturamento das editoras.
As livrarias, com 27 por cento, e as distribuidoras, com 16 por cento, são as outras duas
fontes mais procuradas pelos consumidores. - As escolas representam 8 por cento dos negócios, os sites próprios das editoras outros 6
por cento. - Um dado que passa a ser importante: 2 por cento das vendas de livros já acontecem em
igrejas e templos. Significa dizer que os textos religiosos já são, em volume, um quarto de tudo o que as escolas compram em material didático para crianças e adolescentes. Outros 6 por cento se distribuem aleatoriamente.