Operação Mensageiro: um ex-prefeito solto, outro de volta à prisão

O ex-prefeito de Três Barras, Luiz Shimoguiri (PSD), deixará a prisão. A soltura vem após de habeas-corpus e foi liberada pelo Tribunal de Justiça (TJ-SC) nesta quinta-feira. Shimoguiri estava preso desde abril, acusado de integrar o suposto esquema de corrupção envolvendo a empresa Serrana, que prestava serviço de coleta de lixo em diversos municípios catarinenses e é alvo da Operação Mensageiro.

A defesa argumentou que o ex-prefeito já teria exercido o cargo em outras três oportunidades, não tendo sido condenado durante os outros mandatos. Ainda, que outros prefeitos presos – que teriam recebido maiores valores de propina, já estão soltos. Outro argumento apresentado no habeas-corpus é de que a mãe de Shimoguri tem 90 anos de idade.

Outro réu da denominada Operação Mensageiro acusado de receber uma mesada de R$ 33 mil foi solto, sendo o triplo do que o paciente é acusado de receber de propina mensal, sendo necessário a extensão dos efeitos, nos termos do artigo 580 do Código de Processo Penal – apontou a defesa do ex-prefeito.

Segundo a desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, o ex-prefeito recebeu permissão para “passar o Natal com a própria mãe” pois o TJ-SC já teria revogado outras prisões preventivas relativas à quarta fase da Mensageiro. Para não voltar para a cadeia, Shimoguri terá que usar tornozeleira eletrônica e, ainda, não manter contato de quaisquer tipos com outros investigados pela Operação.

Ex-prefeito de Pescaria Brava volta à prisão

A decisão ocorre um dia depois do Tribunal de Justiça pedir o retorno à prisão do ex-prefeito de Pescaria Brava, Deyvison de Souza (MDB). Deyvison foi preso na primeira fase da Operação – dezembro de 2022, e foi solto em setembro deste ano. O retorno à cadeia acontece após o Ministério Público de Santa Catarina recorrer à decisão que substituía a prisão preventiva por medidas cautelares.

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