Por que a juventude é relevante para a oxigenação política? Por Beatriz Borba

Beatriz Borba defende participação dos jovens na política não apenas como eleitores, mas como candidatos para representar esse eleitorado

Beatriz Borba escreve artigo em que defende a participação dos jovens na política não apenas como eleitores, mas também como candidatos para representar esse eleitorado.

Eu, como jovem conservadora, muito antes de ser assessora da melhor deputada de Santa Catarina e pré-candidata em Biguaçu, compartilhava meus estudos e posicionamentos políticos nas redes sociais. Muitos do meu ciclo social ou me xingavam por discordar, ou simplesmente estavam desinteressados no assunto. Mas isso tem mudado.

A nossa juventude passa uma noite em claro assistindo séries e fica mais de 10 horas nas redes sociais. Mover essa energia para a causa política é um desafio. Mesmo assim, nesses últimos anos, o número de jovens na política só aumenta, seja no eleitorado ou na militância. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que a participação de jovens de 16 e 17 anos na última eleição cresceu 52% entre 2018 e 2022.

A juventude é sinônimo de paixão, tudo é muito intenso, muito extremo, e, na política, não seria diferente. O jovem tem a necessidade de fazer parte de algo, ter esse senso de pertencimento. Os dados do TSE só comprovam o que eu vivi sendo uma jovem apaixonada por política: colegas que me atacaram em 2018, em 2022 estavam apoiando e defendendo tudo aquilo que eu apoiava. Nas eleições de 2022, os brasileiros entre 16 e 24 anos formaram um contingente de mais de 5 milhões de eleitores.

Jovens na política

Essa participação politica dos jovens não pode ser ignorada, certamente. No entanto, ser jovem não significa ter razão. O grande erro do jovem é achar que ele tem mais experiência do que os mais velhos, e isso normalmente se reflete em posições politicas que querem desconstruir aquilo que foi erigido pelo teste do tempo. É por isso que o jovem se revolta contra os pais, contra a tradição que aprendeu com a família, para unir-se aos grupelhos políticos que o usam como pequeno robô.

O jovem que se enxerga muito sábio ainda não percebeu que ele só pensa assim porque ainda não amadureceu o suficiente para entender melhor a vida. Por isso, a juventude precisa ser motivada por bons exemplos políticos, com histórias decentes e com princípios e valores estabelecidos pelo tempo e pela experiência dos mais velhos. O jovem precisa respeitar os cabelos brancos da idade e aprender com eles.

Aristóteles afirma que “o homem é um animal político”, que necessita viver junto à comunidade para se tornar completo; é um ser que precisa dessa comunicação com o próximo. Para o filósofo, a política é um meio importante para definir o ser humano, porque uma pessoa que vive fora da comunidade, da comunhão, ou é um degradado ou é um ser divino.

Tomando como verdade as palavras de Aristóteles, podemos afirmar que o jovem precisa participar da vida política do Brasil para entender o seu lugar na comunidade. Para que isso aconteça com qualidade, porém, o jovem precisa livrar-se de quem quer usar a sua natureza apaixonada e imatura como força política para gerar o caos e destruir as bases sólidas da nossa civilização, que levamos milênios para levantar.


Beatriz Borba é presidente do PL Jovem e PL Mulher de Biguaçu, estudante de Administração Pública e assessora da deputada estadual Ana Campagnolo (PL).

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