Único prefeito eleito pelo Novo em 2020, Adriano Silva, de Joinville, é o entrevistado no Cabeça de Político desta semana. Na conversa com Upiara Boschi, ele falou sobre os desafios da busca pela reeleição, sobre alianças e sobre a inusitada disputa joinvilense em que deve ter como adversário outro partido de direita, o PL do pré-candidato Sargento Lima.
Adriano Silva diz que, hoje, sua maior oposição vem de dois vereadores do PL, Cleiton Profeta e Wiliam Tonezi, mas garante que isso não afeta a relação com o governador Jorginho Mello (PL) – de que chegou a recursar convites para se filiar ao partido. Na entrevista, ele focou nos dois parlamentares municipais as dificuldades que enfrente com o PL.
A gente sente isso com dois vereadores de Joinville. Até o ano passado eles eram governo, e da noite para o dia estavam com uma vontade de abertura de CPI porque se colocaram ali como oposição por questões políticas. Isso está causando uma dificuldade muito grande do partido municipal de estar coligado com o PL. É uma questão localizada. Tem muita gente que compõe o PL, todo o partido nacional, e isso não reflete uma ação de dois vereadores – disse Adriano Silva.
Em relação a Jorginho, o prefeito disse que a relação é boa desde a época em que ele ainda era senador.
Eu e o governador, a gente sempre teve uma boa relação. O governador Jorginho, como senador sempre foi aquele que me recebeu em Brasília, abriu portas para mim. Ele sempre falou “te quero no time” e eu falei “você me tem no time, porque eu faço parte de um partido de direita”. Porque se nós não trabalharmos juntos, aí estamos criando um problema para a sociedade. Partidos de direita, na minha opinião, deveriam ficar unidos e não em lados opostos. Da minha parte, em Joinville, o governador vai ter apoio como ele estpa tendo – prossegue.
Na entrevista, Adriano Silva falou porque preferiu ficar no Novo, mesmo com convite do governador para trocar de partido ao longo de 2023.
Eu acredito muito no partido Novo porque ele tem se demonstrado um partido coerente. Nossa bancada federal são 100% de oposição ao governo Lula. Então a gente se mantém coerente. O PL, por mais que se coloque hoje como liberal, lá atrás ele já foi apoiador do governo Lula. Hoje, tem vários deputados federais que pertencem ao PL que não compõem com a linha de direita e sim com o governo de esquerda, que estão com o governo agora – disse Adriano.