Chiodini: “Federação do MDB com PSDB, Cidadania e Podemos é um fator externo que pode mudar o desenho das eleições”

Estando no “melhor clima de união da última década”, o MDB catarinense estuda o campo e o próprio partido para se reerguer nas eleições municipais do ano que vem, o que, segundo o presidente da sigla em Santa Catarina, o deputado federal Carlos Chiodini, pode englobar uma federação junto ao PSDB, Cidadania e Podemos.

Em entrevista ao quadro Plenário, da rádio Som Maior nesta sexta-feira, o parlamentar afirma que as articulações entre os partidos avançam; em medida que o MDB-SC acelera o processo de reestruturação interna. Nos dias 14 e 15 de abril, todos os 295 municípios do Estado terão os diretórios regionais da legenda renovados, com eleição de coordenadores para que, no segundo semestre, seja feita a convenção estadual “com foco total e absoluto nas eleições de 2024”.

Com a justificativa de que as últimas eleições “deram a lição que os partidos devem se unir ou se juntar às consolidações nacionais”, Chiodini diz que a federação significaria uma repaginada nas estratégias eleitorais em todo o Estado.

– Há um aprofundamento nas conversas e na possibilidade de o MDB compor a federação do PSDB, Cidadania e do Podemos junto. Necessariamente, estaríamos juntos nas eleições municipais, com uma chapa só de vereador, com prefeito e vice. É um fator externo, que pode mudar o desenho da eleição aqui e em outros lugares também.

Chiodini afirma, ainda, que a possibilidade é vista com bons olhos tanto na cúpula nacional do MDB quanto no ninho dos tucanos. Ainda, que o martelo deve ser batido já nas próximas semanas.

– Ainda ontem encontrei no aeroporto o presidente nacional do PSDB, o governador Eduardo Leite (PSDB-RS) e ele está analisando o assunto e entende que é importante. Também estive com o presidente do MDB, o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) que afirmou que haverá novidades neste sentido, de fecha ou não fecha, também no próximo mês. Eu vejo que era um assunto que voltou devido ao dia a dia do congresso e necessidade de reconfigurar as forças políticas, voltou a federação como um assunto possível de acontecer.

Também devem ser definidos nas próximas semanas alguns dos cargos federais em Santa Catarina. O MDB por aqui tem olhos para o DNIT, que recebeu um aumento considerável no orçamento para este ano – além de estar ligado ao ministério da Infraestrutura, comandado por Renan Filho, do MDB alagoano. Outra possibilidade é a ex-deputada estadual Ada de Luca assumir a Embratur.

– Tem alguns espaços importantes. O DNIT nos interessaria, tem afinidade com o ministro, que é o MDB; é uma área que sai de um orçamento de R$ 280 milhões por ano no ano passado e foi para R$ 880 milhões agora, para focar nas rodovias federais. Mas ainda há indefinição da ocupação destes espaços que creio que será resolvida ainda neste mês.

Apesar no atraso do governo federal definir os cargos no Estado, o parlamentar enxerga boa vontade do presidente Lula (PT) em gesticular a Santa Catarina, muito em razão do governo compreender que há urgência em angariar popularidade no Sul do país.

– Governo federal tem que fazer gestos aqui para Santa Catarina, para o Sul do País. E tem recebido bastante sugestões, tem dialogado bastante sendo entendedor da necessidade de melhorar sua popularidade regionalmente. Nesta semana estivemos com a ministra Simone [Tebet] (MDB) discutindo a criação do Fundo Constitucional do Sul para subsidiar empréstimos para o desenvolvimento, seja privado ou público, que é um instrumento largamente utilizado no Nordeste, no Centro-Oeste, e desde a construção ficou o Sul de fora.

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