Comin diz que reestruturação do MP-SC em sua gestão viabilizou Operação Mensageiro

O procurador-geral de Justiça Fernando Comin deixa o cargo frente ao Ministério Público de Santa Catarina tendo, na reestruturação que fez possível a Operação Mensageiro, um dos grandes legados. A avaliação é do próprio Comin, que após dois mandatos à frente da entidade dá lugar a Fábio de Souza Trajano, escolhido na última semana pelo governador Jorginho Mello (PL) para chefiar o MPSC.

Em entrevista ao quadro Plenário, da rádio Som Maior nesta segunda-feira, Comin afirmou que a união dos Grupos Especiais Anticorrupção (GEAC) e os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) foi um dos marcos da reestruturação do Ministério Público.

– Este é um exemplo do que tentei mencionar anteriormente sobre alcançar maiores resultados por meio de projetos de modificações estruturais e até mesmo da forma de agir do Ministério Público. A partir deste projeto de reestruturação da nossa atuação no combate de crimes contra a administração pública, especialmente daqueles agentes que foram prefeitos, secretários, deputados, enfim, passamos a capilarizar mais as atuações no Ministério Público, e o resultado está aí.

A Operação Mensageiro busca apurar suspeitas de fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor. Na segunda fase, que ocorreu no início deste mês, os prefeitos de Capivari de Baixo, Sul do estado, Vicente Corrêa Costa (PL), e o prefeito de Lages, Serra catarinense, Antônio Ceron (PSD), foram detidos. Com sete prefeitos presos, o Judiciário decidirá se torna ou não os investigados réus nas ações penais.

A gestão de Comin atravessou a pandemia, em que o MP era responsável, também, por aplicar as determinações legais de controle da covid-19.

– A minha avaliação é que nós deixamos marcada a história positivamente pelo esforço e solidariedade entre os poderes e instituições, além da própria sociedade e imprensa na defesa da vida das pessoas. Ao final, isso foi o grande objetivo de toda a ação do MPSC.

Resumindo a gestão como desafiadora na tentativa de “aproximar mais o Ministério Público da sociedade, da imprensa, das instituições e dos poderes”, Comin afirma que em abril, ao fim da gestão, deve encaminhar uma prestação de contas dos últimos quatro anos à sociedade.

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