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5 de julho de 2024

O consumo mundial de vinhos. Por Alex Copetti

Alex Copetti escreve artigo sobre o consumo global de vinho está em declínio, com jovens preferindo bebidas com menos ou nenhum álcool, e vinícolas respondendo com produtos de baixo teor alcoólico ou desalcoolizados.

Alex Copetti escreve artigo sobre o consumo global de vinho que está em declínio, com jovens preferindo bebidas com menos ou nenhum álcool, e vinícolas respondendo com produtos de baixo teor alcoólico ou desalcoolizados.

O cenário atual para o consumo de vinhos no mundo é preocupante. Vem caindo drasticamente o consumo de países importantes como França, Itália e Espanha nos últimos 10 anos (dados da OIV – Organização Internacional da Uva e do Vinho).

A pandemia trouxe aumento no consumo em casa, em especial aqui no Brasil, que em 2020 elevou o consumo per capita de 2,2 para 2,7 litros por pessoa. Porém, no final de 2021, a média regrediu novamente e estacionou por volta de 2,5l per capita. (Dados da Ideal Consulting).

O fato é que pesquisas da OMS apontaram que não há dose, por mais pequena que seja, com risco zero à saúde. Ainda que saibamos também que, populações em diversas partes do mundo que consomem uma dieta adequada e hábitos de vida saudáveis, ao consumir junto às refeições quantidades moderadas de vinho tinto seco, possuem alta expectativa de vida.

O assunto se tornou mais alarmante para as indústrias vinícolas quando no início deste ano, uma pesquisa com jovens franceses entre 25 e 35 anos apontou que eles estão abandonando o consumo de álcool. E quando consomem, estão preferindo bebidas com menos álcool ou até desalcoolizadas.

Mesmo mercados importantes para o vinho como EUA e Alemanha, que cresceram muito em consumo nos últimos 10 anos, caíram cerca de 4% em 2023, segundo a Managers International.

Grandes empresas do mundo do vinho já perceberam isso e já colocaram no mercado vinhos com baixo teor alcoólico ou até mesmo desalcoolizados, como a chilena Concha y Toro e a alemã Henkell Freixenet.

Resta saber se esta é uma tendência para os próximos anos/décadas ou mais uma modinha do momento. O fato é que: “Beba com moderação” e “se for beber, não dirija!”


Alex Copetti de Araujo é engenheiro de alimentos e mestre em engenharia química pela UFSC. Especialista em vinhos pela escola inglesa Wine and Spirits Education Trust (level 3) e atua no mercado de vinhos há 17 anos.

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